Simbolismo, emoção e resistência

O Dia das Mães é, por excelência, uma data carregada de simbolismo e emoção. Não se trata apenas de um domingo em que as vitrines se enchem de flores e as redes sociais se cobrem de homenagens. É um momento de celebração da figura materna em toda a sua complexidade e grandiosidade — da ternura à força, da doçura à resistência, da entrega silenciosa à construção ativa de laços. Nesta edição, as histórias são de amor e dedicação que atravessam gerações. Elas revelam algo essencial: a maternidade não é apenas biológica. Ela é uma construção cultural, afetiva e, sobretudo, espiritual. É passada como um tesouro de geração em geração. No coração de cada mãe está a memória viva de sua própria mãe — e é esse fio invisível que sustenta famílias, molda personalidades e perpetua valores.

As mulheres retratadas nas páginas de hoje são espelhos de tantas outras brasileiras que, nas mais diversas realidades, constroem sua maternidade entre o trabalho, os estudos e a rotina, muitas vezes exaustiva e carregada de nuances. A figura da mãe, tão romantizada em alguns discursos, precisa também ser reconhecida por sua complexidade. Mãe não é santa — é humana. E é exatamente na sua humanidade que reside sua grandeza. Ela erra, acerta, cansa, mas nunca abandona.

O Dia das Mães, portanto, deve ser um chamado à reflexão e ao reconhecimento. É preciso valorizar a mãe viva, presente, real — que muitas vezes se desdobra em mil pelos filhos; que ensina pelo exemplo e pelo gesto; e que enfrenta os novos tempos com coragem e amor. Num mundo cada vez mais acelerado e superficial, o amor materno permanece como uma das últimas formas de afeto profundo, verdadeiro e incondicional. É ele que ensina a falar, andar, respeitar, persistir, confiar. É ele que molda o caráter, ampara nas quedas, vibra nas conquistas e oferece colo nos fracassos. Não é exagero dizer que boa parte do que somos foi moldada no aconchego do olhar e do toque de nossas mães.

Enaltecer o papel da mãe é também reconhecer sua centralidade na construção de uma sociedade mais justa e afetuosa. Quando uma mãe é apoiada, toda uma família se fortalece. Quando ela é valorizada, crianças crescem mais saudáveis, física e emocionalmente. Quando há políticas públicas que respeitam a maternidade, como licenças justas, creches acessíveis e suporte psicológico, todo o país colhe os frutos.

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