Hoje, 31 de outubro, é uma data de extrema importância para a comunidade evangélica, que celebra os 500 anos da Reforma Protestante. Em 1517, Martim Lutero publicou 95 teses denunciando os abusos do Papa e de seus representantes e propõs que cada cidadão tivesse direito de ler e interpretar a Bíblia. Muita gente morreu por causa disso nos séculos que se sucederam, mas hoje, felizmente, impera o respeito entre as várias correntes critãs, salvo lamentáveis exceções.
Os católicos também têm suas datas e momentos de devoção. O mesmo ocorre com espíritas, muçulmanos, umbandistas e membros de qualquer outra religião. Cada uma delas com diferentes crenças e princípios, mas todas unidas por um preceito: amor ao próximo.
E o que é “amar” se não, no seu significado mais primário, respeitar as escolhas do outro? Isso resume bem a tão falada “tolerância religiosa”. Mas entenda o “tolerar” com seu sentido mais amplo. É respeitar a fé do outro da exata forma como esperamos respeito pelas nossas crenças, não como algo de menor valor ou de escala inferior. É acatar a opção do outro e deixá-lo viver como bem entende.
Aliás, a necessidade de aprendermos a respeitar abrange muito mais do que as escolhas religiosas. Acatar as preferências políticas do outro sem fazer disso uma guerra é um exercício que leva paz a qualquer conversa de bar ou almoço em família. Pautar as escolhas do outro tendo como balizador as nossas vontades, vivências e gostos nunca é uma boa escolha. Ao contrário, colocar-se no lugar do outro costuma oferecer resultados muito mais justos para toda a sociedade. Aproveite o feriado para refletir, independente da sua crença, e colocar em prática o amor ao próximo, algo muito falado, mas, nem sempre exercido na mesma proporção.