As estatísticas do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS) confirmam o que os montenegrinos percebem diariamente: há cada vez mais carros nas ruas. O crescimento da frota de veículos é contínuo, embora esse aumento tenha desacelerado nos últimos anos.
Naturalmente, essa situação impacta no trânsito da cidade. As dificuldades maiores são percebidas na hora de estacionar o carro e não encontrar vaga, bem como nos engarrafamentos que ocorrem principalmente no horário de meio-dia e no final de tarde, quando o tráfego é mais intenso.
A busca de uma solução passa por um estudo para verificar alterações no trânsito que possa, ao mesmo tempo, amenizar a situação e proporcionar segurança a motoristas e pedestres. Mas inclui também uma mudança de comportamento de toda a população.
Retirar o carro da garagem para curtas distâncias impacta no bolso do condutor, no fluxo do trânsito e no meio ambiente. Antes de usá-lo, é preciso refletir sobre a sua necessidade. Será que não posso ir a pé? Ou quem sabe de ônibus?
Vale lembrar que caminhar faz bem à saúde, não causa poluição e é de graça. Utilizar o ônibus é mais barato e, reduzindo o número de carros nas ruas, o trânsito fica mais tranquilo, mais seguro e, portanto, há menos acidentes.
Essa segunda opção, no entanto, depende de incetivos ao setor, pois o transporte coletivo deve atender as necessidades do usuário. Com toda a razão, um cidadão não irá utilizar um ônibus que o faça passar por vários bairros até chegar ao seu destino, nem que corra o risco de chegar atrasado. Portanto, requer investimentos em mais horários e itinerários que atendam a demada.