Montenegro é o primeiro município do Vale do Caí a assinar o termo de adesão ao programa Criança Feliz. Estamos entre as primeiras cidades do Brasil a ter acesso à proposta. O objetivo do programa é nobre, sem duvida. A estimulação precoce é crucial para o desenvolvimento neurológico da criança. Fará toda a diferença no futuro.
Se der certo e tiver uma continuidade de fato, o programa renderá um salto social e econômico para o Brasil em longo prazo. O que não se pode é, como tantos outros projetos – que no papel eram maravilhosos – não operá-lo adequadamente. Não dá para deixar o trabalho ser feito de qualquer forma (ou nem começar) e não se pode pensar em um projeto desse tamanho sem a aplicação de recursos.
É fundamental ter profissionais de várias áreas e de fato qualificados para trabalhar com essas gestantes e crianças para que, num futuro próximo, as visitas não sejam feitas apenas para preencher uma ficha e garantir o dinheiro dos repasses. Devemos cuidar para que haja o estímulo correto aos assistidos pelo programa e para que os responsáveis por desenvolvê-lo permaneçam em constante atualização.
Na teoria, o programa Criança Feliz tem tudo para dar certo. O que não pode é permanecer tudo na teoria. É o momento de arregaçar as mangas e botar as ideias todas em prática, para que os resultados comecem a aparecer, talvez daqui a 20 ou 30 anos. É um plantio que precisa ser feito.