Uma notícia muito esperada saiu nos últimos dias. O governo do Rio Grande do Sul divulgou que incluirá os trabalhadores da educação no grupo para receber as próximas remessas de vacina contra a Covid-19. É um anúncio aguardado não apenas pela classe, mas pela sociedade em geral, que terá mais tranquilidade, principalmente em relação às crianças. Com a imunização dos trabalhadores da educação, os pais podem ter a certeza de onde deixarão seus filhos.
Em alguns casos, a renda da família depende diretamente da possibilidade de deixar as crianças na escola. Por outro lado, a educação à distância já se provou bastante ineficaz, principalmente nas fases iniciais do ensino, quando o aluno requer uma atenção especial. Então, é preciso reconhecer que esse anúncio é importante para os professores e para a educação, mas que também alcança outras questões igualmente relevantes, sobretudo nas famílias de baixa renda.
A inclusão dos professores entre os grupos prioritários ocorre após emissão de nota técnica do Ministério da Saúde sobre a continuidade da campanha de imunização contra o coronavírus. E a data do início das aplicações depende do envio de mais doses pela União. Em alguns municípios, essa aplicação já vinha sendo feita. A novidade faz diferença também nestes municípios, que agiam sob incerteza jurídica e agora poderão concluir as aplicações em seus educadores seguros de que não responderão por irregularidades. É assim que tem de ser, seguindo regras e de forma ordeira.
Mas tenhamos prudência na comemoração. Se na edição do dia 20 de janeiro nós festejamos as três primeiras doses de vacina aplicadas em Montenegro e as primeiras imunizações em outras cidades do Vale do Caí, hoje, mais de quatro meses depois, é impossível não termos um sentimento de frustração pelo ritmo lento das aplicações. Mesmo o Rio Grande do Sul sendo um dos estados que mais aplicou vacina, ainda não temos 30% da população com as duas doses realizadas e, portanto, o ciclo de imunização completo. Todos os professores já deveriam estar vacinados, assim como todas as pessoas com comorbidades. O ideal é que já tivéssemos retornado à vacinação por idade e nossos jovens estivessem tomando vacina. Assim, estaríamos com 70% ou 80% da população protegida e a rotina teria retornado. Infelizmente, ainda não é assim. Esperamos que esse tempo chegue logo.