A corda vai apertar no pescoço de todos os gaúchos a partir do dia 1º de abril, quando o governo Eduardo Leite retirar incentivos fiscais em setores econômicos, o que, por consequência, aumentará a alíquota de ICMS, especialmente, dos alimentos. Desta vez a falência do Rio Grande do Sul, consequência de anos de Administrações incompetentes, cairá sobre os ombros da população; dos fabricantes e comerciantes que verão suas vendas caírem, como resultado do cidadão se ver obrigado a reduzir seus gastos. Neste conceito, observemos que sofrerão muito mais aqueles que compõem a parcela pobre e em vulnerabilidade social da comunidade gaúcha.
Uma solução esperada, tão óbvia quanto injusta, é que o setor varejista implemente ações para reduzir o impacto repassado aos preços, tentando assim ajudar um pouco mais seu cliente. Basicamente, seria o povo beneficiando o povo, seria a população se virando sozinha. Enquanto na outra extremidade do problema, seria mais correto que o Poder Executivo pensassem em formas de segurar o preço da comida, como, por exemplo, reduzir o Imposto daqueles itens que compõe a Cesta Básica. A opção por estes produtos, inclusive juntos em uma “sacola”, é a única forma de comprar que tem o grupo das pessoas de baixa renda.
Essa decisão do Governo após anos de programas de incentivos fiscais ao setor produtivo, cai com um peso ainda não calculado por este seguimento. Não há estratégia para Desenvolvimento, apenas vislumbrando no horizonte a ampliação da arrecadação por meio dos impostos. O que falta são estratégias para revisar as constas públicas, tratadas de forma péssima por todos os governos.
O Governo Federal inclusive abre negociação da dívida do Estado com a União. Seria um ponto de partida pela sanar os cofres, sem sangrar a população. Pois o inevitável efeito dominó será ainda mais prejudicial ao estado, que não pode quebrar empresas e interromper serviços em prol de ter mais dinheiro em seu caixa. Em tempos que todos sonham em pagar menos impostos e ainda ver os preços caírem, o Rio Grande do Sul caminha no sentido oposto, tornando o custo de morar – e investir – aqui ainda mais elevado.