Algumas atitudes do cidadão são como tapas na cara de toda a sociedade. Decepcionam. Alertam. Geram indignação. Exemplo disso ocorreu em Montenegro essa semana, quando um motorista alcoolizado se envolveu num acidente com feridos. Alguns podem encarar um acidente com “feridos” como algo pouco importante. Mas não é. Gera risco para qualquer um que está passando na rua, custo ao Sistema Único de Saúde e, muitas vezes, deixa sequelas para o resto da vida. Tudo porque alguém não pensou em deixar de beber álcool, pedir carona ou chamar um táxi.
No último domingo, na Ramiro Barcelos, chamou a atenção uma prática infelizmente comum. Na rua tranquila de fim de semana, um carro parou no semáforo da esquina com a rua Santos Dumont. No banco do carona, uma mulher estava sentada e, sobre seus joelhos uma criança se equilibrava. Com menos de um ano, certamente, o bebê, ainda com pernas bambas, era seguro pela mulher na altura da cintura e espalmava as mãozinhas sobre o painel do veículo na tentativa de se equilibrar. Nada de grave, felizmente, aconteceu. Mas e se outro veículo tivesse desrespeitado o sinal vermelho e um acidente ocorresse no cruzamento? E se uma colisão traseira tivesse acontecido? A criança, que deveria estar segura na cadeirinha, seria a maior prejudicada.
É, também, este tipo de comportamento, altamente prejudicial à sociedade que, mais uma vez, o Ibiá destaca numa reportagem especial. O foco: os “pequenos” crimes que as pessoas cometem ou ajudam terceiros a cometer. A encomenda de uma peça de carro roubada; o “gato” na água ou na energia elétrica; a compra de uma porção “inofensiva” de drogas… Todas essas posturas, das menos às mais graves, colaboram para uma sociedade menos segura.
Infelizmente, a maior parte da sociedade é muito rápida em julgar os outros, mas, dificilmente, muda os seus próprios hábitos, mesmo que saiba que eles não são corretos. Fica o convite para a reflexão de cada um e que ela desencadeie novas atitudes, das quais possamos nos orgulhar.
