A presença de fios soltos e caídos pelas ruas de Montenegro não é um problema isolado, mas um sintoma da negligência das empresas de energia e telefonia. A situação relatada na cidade é um reflexo de um problema recorrente em várias regiões do país: fios abandonados, postes danificados e a insegurança constante para pedestres e motoristas. Esse descaso não apenas compromete a estética urbana, mas também representa um risco real de acidentes, sendo urgente que medidas concretas sejam adotadas.
A população de Montenegro enfrenta diáriamente riscos causados pelos fios soltos. Pedestres podem tropeçar e sofrer quedas, ciclistas e motociclistas podem ser atingidos por fios baixos e, em casos mais extremos, fios elétricos expostos podem provocar choques fatais. Situações como essas, infelizmente, são comuns e amplamente ignoradas pelas empresas responsáveis. A falta de ação imediata demonstra a negligência das empresas, que frequentemente jogam a responsabilidade umas para as outras, deixando a população sem resposta e exposta ao perigo.
A grande questão que surge é: de quem é a responsabilidade? Embora a concessionária de energia alegue que os fios pertencem a empresas de telefonia e internet, estas, por sua vez, demoram a tomar providências. Esse jogo de empurra cria uma situação absurda em que o problema se arrasta por semanas ou meses, prejudicando diretamente a população.
O fato de os postes pertencerem à concessionária de energia faz com que esta tenha o dever de fiscalizar o uso adequado dos espaços, exigindo que as empresas de telefonia e internet mantenham seus cabos em condições seguras. No entanto, essa fiscalização tem sido falha, permitindo que fios sejam abandonados ou fiquem soltos por tempo indeterminado. O resultado é uma cidade repleta de pontos críticos que colocam vidas em risco.
Diante de tanta despreocupação com o fato e com os constantes pedidos da população, agora o poder público entra em ação: a Câmara chamou uma reunião e a Prefeitura alega ter aplicado multas aos casos mais extremos. Além disso, um mutirão está previsto para depois do Carnaval, a fim de solucionar – ou minimizar – o problema. Essa é uma medida necessária, mas paliativa. É importante que haja fiscalização contínua e estabelecer penalidades mais rigorosas para as empresas que negligenciam a manutenção de suas redes.