Motoristas em risco nas rodovias

O trânsito sempre foi classificado como um espaço coletivo e democrático, além de fundamental para os diversos aspectos sociais e econômicos. Todavia, este discurso serve apenas como palavrório cheio de astúcia e artifícios de retórica. Basta olhar para o estado das rodovias estaduais que permeiam o Vale do Caí. A situação degradante não é novidade, assim como as soluções paliativas resumidas na famigerada ‘operação tapa-buraco’, saturam a paciência daquele que paga seus impostos; do trabalhador que sai diariamente em busca do sustento ou daquele que produz riquezas que dependem da malha viária para chegar ao seu destino.

Estes cidadãos, sem exceção, são prejudicados financeiramente. Veículos quebrados as margens das RS’s 287, 411 e 124, ou condutores tendo que se arrastar em busca de socorro, é humilhante. Um flagelo que culmina nos gastos com troca de peças que tiveram sua vida útil reduzida. Não é possível considerar está rotina aceitável. Como pode o gaúcho pagar por um serviço mal prestado e ainda arcar com as consequências desta incompetência?

Outra pergunta que continua sem resposta é o por quê de, independem de partido ou ideologia representados no governo, ainda não temos um sistema constante e abrangente para a conservação das pistas de rodagem. Porque é incontestável que a tapa-buraco já é realizada quando a situação do pavimento é periclitante.

E além do prejuízo financeiro, devemos considerar o desgaste psicológico aos usuários diante de um risco eminente. Rodar por uma rodovia com buracos, asfalto deteriorado, cheia de desníveis e sem acostamento gera uma tensão de quem está em campo de batalha. De qualquer lado por vir um “ataque” involuntário de motorista que tenta desviar de uma cratera ou que tem sua direção alterada bruscamente pelo impacto ou quebra mecânica.

São muitas as situações geradas em uma condução influenciada negativamente por fatores externos. E neste caso, de nada adiantam as altas taxas cobradas pela emissão e renovação de CNH, tampouco os rigorosos exames que reprovam uma pessoa que cometeu deslize ao estacionar o carro em uma via urbana quase deserta. O perigo ronda a vida e a integridade de quem depende das RS’s.

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