Montenegro foi o local do registro do primeiro caso de Gripe Aviária em uma granja comercial no Brasil. Para além de preocupações econômicas, de saúde e sociais, este evento traz à tona outro debate de relevância: a importância de uma abordagem integrada e coordenada entre os setores público, privado e a sociedade civil para enfrentar desafios sanitários dessa magnitude.
É fundamental que se destaquem as ações tomadas. O risco de doenças é sempre alto em cadeias produtivas e não se pode culpabilizar o produtor. Aliás, a detecção rápida do vírus foi possível graças à vigilância ativa dos órgãos de defesa agropecuária e à colaboração dos produtores locais, que mantiveram elevados padrões de biosseguridade em suas instalações. Uma cadeia produtiva organizada que, diante de um cenário como este, responde rapidamente, descartando produtos de forma preventiva e abrindo suas propriedades para que agentes sanitários realizem inspeções e ações de controle, faze toda a diferença.
Desde a produção até a comercialização, cada elo da cadeia deve estar preparado, através de treinamento contínuo, monitoramento e comunicação eficaz entre produtores, autoridades sanitárias e consumidores. Os rápidos esclarecimentos e ações de contenção garantem segurança para o mercado continuar absorvendo a produção de frango e ovos nacional. Há confiança estabelecida internacionalmente e, sobretudo, por parte do consumidor local. Esta confiança tem sido respeitada por todos os entes até este momento – públicos e privados.
A organização eficiente da cadeia produtiva, a atuação proativa do setor público e a participação de uma sociedade colaborativa, estão sendo essenciais para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade da avicultura brasileira. Ao aprender com as lições de Montenegro, o país pode fortalecer suas defesas contra futuras ameaças sanitárias e assegurar a continuidade de uma produção avícola segura e de qualidade.