A importância do agronegócio é indiscutível. É a produção agrícola e pecuária que alimenta a população e de onde vem boa parte da matéria-prima para a indústria. O meio rural, portanto, conserva o campo e a cidade, além de gerar emprego e renda de forma direta e indireta, movimentando a economia.
O Censo Agro 2017 revela o aumento da área cultivada em Montenegro, no Estado e no País. Ao mesmo tempo em que há números indicando crescimento no setor, outros apontam que o meio rural ainda não recebe a atenção merecida.
Desde que a energia elétrica chegou ao campo, há algumas décadas, o morador do interior teve acesso a vários equipamentos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos que, até então, eram privilégio de quem vive na cidade. Suas atividades foram facilitadas, o que ajudou tanto na rotina doméstica como no aumento da produção.
Nesse aspecto, a vida nas cidade e no interior se aproximou, o que ajudou a frear o êxodo rural. Em um passado mais recente, porém, enquanto o uso de computadores e internet se popularizaram, a rede está chegando a passos lentos no interior. No Censo Agro 2017, chama atenção o baixo índice de estabelecimentos agropecuários com acesso à internet, de apenas 33,85%, inferior à média no Estado – que também é baixa, mas chega a 41,11%.
Essa situação é inaceitável. O problema, traduzido em números pelos IBGE, acompanhados pelos depoimentos em reportagem publicada nesta edição do Ibiá, também demonstra a falta de lideranças fortes no município para reverter essa estatística. As eleições estão aí. Não percamos a oportunidade de comprometer aqueles que querem nos governar.
