Na edição de ontem do Jornal Ibiá, os leitores ficaram sabendo que, aparentemente, a Administração Municipal não tem uma solução para o antigo pavilhão de exposição de gado, localizado ao lado do ginásio Azulão. Aparentemente porque, enquanto o teto desaba, nos arredores, não há nenhum indicativo de que obras serão realizadas. Os questionamentos feitos pela reportagem, a respeito das providências para resolver o problema e os prazos para tal, não foram respondidos.
Esse silêncio, aliás, tem sido comum tanto para temas corriqueiros quanto para as grandes demandas da comunidade. Há duas hipóteses que explicam tal fato: o governo não sabe o que fazer, ou até sabe, mas não tem respeito pelo cidadão a ponto de lhe prestar contas. Quando um governante e seus assessores se calam para a imprensa, numa fuga das pressões naturais de seus cargos, eles na verdade calam-se para os contribuintes, que pagam a conta de tudo o que é feito e do que é perdido.
Mas, voltando ao caso específico dos galpões do Parque Centenário, enquanto os cupins fazem a festa – na ausência de festejos municipais que já ocorreram por lá – é de se questionar a que poderia ser destinado o local. O pavilhão foi construído em 1988 para a realização do Festa & Festa, mas uma avaliação técnica de 2018 apontou que o espaço não fosse mais utilizado pelos servidores devido ao risco iminente de desabamento. Então lá está ele, sem uso, tampouco recebendo algum reparo. Talvez, um dia, caia, pondo fim às dúvidas sobre o seu futuro. Com ele, irão embora algumas oportunidades e se perderá definitivamente o investimento feito. Tomara que existam planos para mudar essa história e que a Prefeitura os torne públicos, como deve ser.