Educação ficou ilhada no campo

Será repetitivo salientar que os efeitos danosos da catástrofe climática que flagela do Rio Grande do Sul ainda serão sentidos por muito tempo. Certamente por anos, prejuízos econômicos e estruturais nos setores produtivos causarão atraso; e os efeitos psicológicos nas pessoas trarão medo e tristeza. Todos nós estamos e seguiremos afetados de alguma forma por um mês de maio que jamais deverá ser esquecido. Pois nesta avaliação, não devemos esquecer de incluir os danos ao setor da Educação.

Nesta edição, inclusive, ficamos sabendo que alunos da Zona Rural de Montenegro estão sendo severamente prejudicados pela quinzena de chuvas fortes e persistentes que deterioraram as estradas do interior. Mesmo longe da área inundada pelo Rio Caí, em que pesem terem visto arroio transbordarem, essas pessoas sofrem consequências severas. Não bastasse suas perdas significativas nas lavouras e pomares, agora ficam desolados por verem seus filhos faltando às aulas, tendo interrompido o ciclo do conhecimento.

A retomada das escolas deveria estar no top três das prioridades dos governos, seja reerguendo de forma definitiva os prédios das instituições estaduais, como a José Garibaldi e a Aurélio Porto; seja permitindo o trânsito das comunidades escolares. Infelizmente, a formação do intelecto nunca foi prioridade daqueles que são alçados ao Poder Público. Haja vista que o problema do transporte escolar no Interior de Montenegro não é situação anormal deste momento de flagelo estadual.

Fonte do Jornal Ibiá garante que no ano passado as estradas já dificultavam a circulação dos veículos escolares. Por consequência, passou a ser presente na rotina dos estudantes uma redução na frota disponível nas localidades devido a problemas mecânicos. Desta forma fica ainda mais difícil a missão de restaurar uma natural sucessão nas propriedades rurais. Como jovens que sequer têm garantido o direito de estudar terá ânimo para serem adultos empreendedores, fortalecendo a pujança de sua comunidade.

Fica sempre a esperança que ao longo da caminhada que o Rio Grande do Sul está iniciando todas as mazelas vão sendo debeladas. Nada está podendo ser feito tão rápido como o povo necessita, mas os projetos estão sendo implementados dentro da capacidade. Ainda que venha para corrigir um problema antigo.

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