É preciso falar

Ao se passar por um grande trauma, é difícil voltar a falar dele. Porém há situações que nunca devem ser esquecidas, principalmente aquelas que demonstraram toda a ignorância do ser humano e que atingiram o mundo todo. Ainda hoje atraindo a atenção e rendendo filmes, livros e jogos, a Segunda Guerra Mundial foi um show de horrores que não pode ser ignorado.

Semana passada, três sobreviventes do Holocausto – Curtis Stanton, Johannes Melis e Bernard Kats – contaram a sua história para estudantes de 10 a 14 anos. Mais do que expor tudo o que aconteceu aos que foram perseguidos pelo regime nazista, eles deram uma mostra de força de espírito e carregavam uma mensagem: é preciso falar sobre tudo isso.

As atrocidades ocorridas durante a Segunda Guerra Mundial não podem ser apenas base para filmes e jogos, mas também devem servir para conscientizar as pessoas de que não podemos repetir os erros do passado. Essa mensagem cai muito bem no momento atual do Brasil, onde até mesmo movimentos que pregam o retorno da Ditadura Militar ganham adeptos.

Estamos numa geração com pressa e que só pensa no futuro, deixando de enxergar a importância que existe em olhar para trás e refletir sobre o passado. É homens como Curtis Stanton, Johannes Melis e Bernard Kats, que mesmo sofrendo ao falar de suas memórias as continuam compartilhando, que os jovens precisam ouvir. E aprender com suas lições de resiliência e superação.

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