Mais um ano iniciou com os mesmo problemas se repetindo na área de educação: falta de professores, funcionários e dificuldade de acesso à escola. Ano após ano, a falta de professores na rede pública de ensino é preocupante e compromete seriamente a aprendizagem dos alunos e a qualidade da educação oferecida pelo Estado. A situação relatada nas escolas da região é um reflexo de um problema sistêmico que afeta diversas instituições de ensino pelo país. A carência de profissionais, tanto na área pedagógica quanto no setor administrativo, impacta diretamente o funcionamento das escolas e a experiência educacional dos estudantes.
A escassez de professores em disciplinas fundamentais, como Matemática e Língua Portuguesa, compromete o aprendizado dos alunos e agrava a defasagem educacional. Isso prejudica diretamente o desempenho dos estudantes, que precisam lidar com conteúdos complexos sem o devido acompanhamento docente. Esse déficit profissional afeta diversas turmas, reduzindo a qualidade do ensino e aumentando a dificuldade de aprendizado.
Além da ausência de docentes, a escassez de merendeiras e funcionários administrativos em algumas instituições de ensino cria um ambiente pouco acolhedor para os estudantes, comprometendo também o bem-estar e a permanência na escola. Sem uma estrutura básica de suporte, a gestão escolar se vê sobrecarregada e os alunos enfrentam dificuldades adicionais para se manterem motivados e engajados no processo educacional.
Outro ponto crítico é a dificuldade de acesso à escola que alunos do interior enfrentam todo início de ciclo letivo. Desta vez, a denúncia veio da localidade de Bom Jardim, onde as condições da estrada impedem que o transporte escolar pare para buscar uma estudante. A aluna já está há uma semana sem conseguir frequentar a escola, perdendo uma parte fundamental de introdução à nova série escolar, tendo comprometida sua socialização e aprendizagem.
As respostas a esses problemas, sobretudo de forma tão tardia, evidenciam a falta de um planejamento eficiente para o início do ano letivo. É natural e esperado que haja imprevistos, mas a falta de condições viárias na ERS-411 não prejudica apenas uma aluna, ela reflete na segurança da rodovia e deveria ser resolvida de forma permanente já há muito tempo. Também a ausência de professores após o início das atividades letivas não é justificável, visto que há uma previsão de números de turmas e, portanto, demanda. A Seduc poderia – e deveria – já ter estes contratos – mesmo os emergenciais – firmados antes do início das aulas, para que os educadores pudesses se preparar para iniciar o trabalho e os alunos não ficassem desamparados.