Esta semana Montenegro teve uma grande data para festejar. No dia 25, quinta-feira, a Biblioteca Pública Municipal Hélio Alves de Oliveira celebrou seus 72 anos. A data mexe com a memória de muitos que frequentaram o local ao longo do tempo e que têm a sua trajetória transformada pela literatura. A biblioteca é a casa dos livros, portanto, o lar do conhecimento. Por isso, sua existência, em local digno, merece muitos festejos.
Para comemorar e, também, levantar importantes questões sobre o tema, o Estúdio Ibiá da última quarta-feira, teve como tema a Biblioteca Pública. Falou-se sim dos momentos difíceis que passou nos últimos anos, quando esteve em local impróprio e perderam-se obras pela deterioração. Algo inaceitável.
Mas também se falou de muita coisa boa. Em especial sobre as pessoas que fazem o gosto pela leitura ser levado adiante. Foi quando Mateus Araújo, frequentador assíduo da biblioteca, leitor voraz, autor e atual patrono da Feira do Livro de Montenegro, disse a frase que dá título a esse editorial. Citou as “tias da biblioteca”, no melhor dos sentidos, aquele que reflete o carinho às pessoas (em geral mulheres) que por seu conhecimento das obras ali disponíveis, indicam caminhos ou abrem possibilidades. Um novo autor, quem sabe um estilo diferente, o livro que você precisa naquele momento. Sim, as bibliotecárias – ou as tias da biblioteca – são importantíssimas e estão gravadas na memória de muita gente.
A biblioteca também é vital aos escritores, sejam eles de outros países e que só “conhecerão” Montenegro através de sua obra como os “prata da casa”, filhos da Cidade das Artes e que na Biblioteca têm a sua prateleira exclusiva. Para estes, é importante ter um espaço público no qual suas obras estão disponíveis. O livro de uma biblioteca é de muitos e por isso “caminha” por toda a cidade. Assim, cumpre sua função de abrir mentes, derrubar muros e aproximar pessoas. Sejamos todos tias e tios da Biblioteca Pública Municipal Hélio Alves de Oliveira e vamos espalhar suas obras pela cidade.