Daqui a exatamente um ano, os partidos políticos brasileiros estarão autorizados a promover convenções para a definição dos seus candidatos às eleições gerais 2018, inclusive a presidente da República. Trata-se apenas de um prazo formal estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral, porque na prática os postulantes já estarão encarreirados. Mas hoje, a 15 meses do pleito, o jogo está completamente embaralhado. Não se tem certeza quanto a nenhum nome que vai concorrer. A política brasileira está em ebulição e depara-se com uma crise de confiança jamais vista. Muitos dizem que qualquer ato político contemporâneo está contaminado por interesses escusos até prova em contrário.
Independente de quem sejam os candidatos, os partidos precisam ter claro que é hora de eliminar os conchavos e as negociatas de suas práticas.
Basta! Concentrem suas forças na elaboração de um projeto de nação. O Brasil precisa de um estadista. Como nunca antes, o que mais a nação necessita é de um gestor eficiente e eficaz. Busquem votos em cima de um planejamento estratégico para o país, com ações de curto, médio e longo prazo.
As agremiações políticas precisam ouvir o discurso de despedida de Heitor Müller — montenegrino que, com muita honra e alta capacidade, presidiu a Fiergs nos últimos seis anos. Com razão, ele afirmou que há um abismo entre o andar de cima, os governantes, e o andar de baixo, o povo. Aos primeiros, uma extensa lista de privilégios desde a Colônia. Aos segundos, a conta. É preciso, futuro presidente, que haja o inadiável encontro entre o Estado Brasileiro e a Nação Brasileira. Será a nossa única chance. Portanto, atenção desde agora, senhores eleitores.