O trânsito fica ainda mais complicado e as calçadas parecem menores para tantos pedestres que passam apressados com pacotes e sacolas. A tradição de dar e de receber presentes, reforçada pela renda extra com o 13º salário, torna o Natal a data mais esperada pelos lojistas, e quem deixou para fazer as compras nos últimos dias precisa disputar espaço.
Essa época de Natal é marcada por muita correria, mas, felizmente, o consumismo não é o único sentimento associado à data. O período é aquele em que mais se percebe a solidariedade, uma demonstração de que a humanidade não está totalmente alheia às carências dos outros, tanto materiais como de afeto.
Desta forma, independente de crença ou religião, as pessoas estão mais propensas a doar seu tempo, a compartilhar e a manifestar carinho, até mesmo por desconhecidos. Percebe-se isso nos encontros de confraternização, nas campanhas beneficentes que garantem um Natal melhor a um número maior de pessoas, independente das condições socioeconômicas.
E mesmo que essas ações não mudem a vida de quem está em situação de vulnerabilidade social, certamente vão garantir alguns momentos de alegria. E a vida é feita disso, de momentos felizes e tristes, porque problemas todos têm.
Deixemo-nos, então, contagiar pelo espírito natalino, essa época mágica em que a solidariedade se sobrepõe ao egoísmo, em que as pessoas estão mais dispostas a deixar de lado – ou respeitar – as diferenças e a confraternizar.