A crise financeira enfrentada pelo Hospital Montenegro tornou-se um desafio preocupante que afeta não apenas sua capacidade de prestação de serviços, mas também a saúde de milhares de pessoas em toda a região do Vale do Caí. Recentemente, os médicos contratados como Pessoa Jurídica (PJ) suspenderam atendimentos eletivos, revelando a gravidade da situação que, agora, parece intensificar-se com os demais funcionários entrando em estado de greve.
A suspensão dos atendimentos por médicos PJ, iniciada após meses de salários atrasados, já prejudica pacientes que precisam de cuidados eletivos. A crise atinge a comunidade de Montenegro e cidades vizinhas,. Embora os casos urgentes ainda sejam atendidos, a falta de remuneração ameaça a continuidade geral dos serviços de saúde, uma realidade que não podemos negligenciar.
A decisão dos trabalhadores CLT de entrar em estado de greve ressalta a urgência de resolver um problema que se arrasta desde 2019. A ausência de correção salarial, somada ao atraso nos pagamentos dos médicos, destaca um quadro de insatisfação que advém de promessas não cumpridas e de uma gestão financeira falha.
O estado de greve é um sinal de alerta. Os cuidados com a saúde exigem estabilidade profissional e econômica. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul e os trabalhadores exigem uma resposta concreta e imediata das autoridades e da administração, pois a continuidade dos atrasos tornará insustentável a manutenção de um serviço tão essencial.
O Hospital Montenegro está em um ponto crítico. Sua recuperação judicial deve prioritizar acordos justos e viáveis, tanto para funcionários quanto para fornecedores. Acreditamos que é essencial transparência e diálogo entre todas as partes envolvidas para restabelecer a confiança e assegurar a prestação de serviços de saúde de qualidade.
A saúde é um direito fundamental e merece ser tratada como prioridade. Apelamos às autoridades competentes para que resolvam rapidamente esta crise, garantindo condições dignas de trabalho e atendimento adequado à população. Montenegro e região não podem suportar um colapso na saúde pública.