Lobos (as) em peles de cordeiros

Aos 56 anos de idade, e destes, com 42 de trabalho e vida escolar, me permito já não aceitar passivamente demonstrações de rançosa intolerância, burrice, inveja ou recalque, se visivelmente estes sentimentos, para muito além da ignorância ou desinformação, vierem carregados de más intenções, de formas tão desmedidas ou inexplicáveis, a ponto de se tornar impossível de se ver, em tais atitudes, qualquer possibilidade de estarmos a lidar com equívocos.

Maldade é maldade, tem cor de maldade, cheiro de maldade, pulsa como maldade e fede. E não se pode confundir uma maldade ou o veneno nela contido, interpretando-a como uma boa intenção que, por algum equívoco, se destoou e se perdeu no caminho, vindo a causar um estrago “Chavez”, qual seja o tipo do estrago “sem querer querendo”.

Não. Esse pode ser um erro fatal. Tem pessoas que arquitetam e planejam os seus atos reprováveis como quem se prepara para um campeonato de xadrez.

E, tristemente, me parece óbvio pensar que justamente as pessoas boas de coração, as mais puras, mais ingênuas, mais pacientes e resilientes, mais crédulas da possibilidade de vivermos n’algum dia em um mundo menos injusto e desumanizado sejam as que mais caem nas teias das armadilhas dos maus.

O pior de alguém do mal é a inveja que esse ser pode carregar do sorriso, da leveza e da alegria de quem carregue e viva com a predominância e a constância do bem. Porque o bem, simplesmente por trazer em sua essência e natureza conteúdo agradável, seguro, contagiante, sedutor, encantador e envolvente, gera desestabilização emocional em quem é do mal.

E, então, aquela visível serenidade e quiçá até mesmo certa felicidade presente no ser do bem, acaba vindo a servir de combustível a alimentar a gana e a insanidade do que é do mal, e este precisa destruir aquele para, assim, poder se sentir menos frustrado, impotente e fracassado, e levantar assim o troféu que alcança prazer ao seu perdido, desorientado e doentio ego.

Mais jovem, eu custei a acreditar que alguém pudesse sentir prazer em ser deliberadamente do mal. Eu duvidava da má–fé de pessoas que apresentavam condutas causadoras de prejuízos a outras e, sem ainda compreender mais e melhor acerca da real possibilidade de extensão do perigo, sempre tentei minimizar conflitos, apaziguando e acomodando situações. Imaginem quantas vezes me decepcionei.

Contudo, filho de Xangô que sou, criado no seio de uma família que bem nos orientou a praticarmos justiça, jamais aceitei injustiças, inverdades ou distorções, e costumo comprar briga se for pra restabelecer a verdade ou impedir o cometimento ou o prosseguimento de atos que venham a ferir quem não mereça.

E é o que venho percebendo na nossa Montenegro. Injustiças que decorrem de “equívocos” intencionais que servem como mísseis dirigidos a pessoas do bem que, por assim serem, do bem, causam o aumento do descontrole de outras que, notoriamente optam por trilhar no mal e, como vampiros sedentos e incomodados com o brilho da luz alheia, batem-se nos cantos fedidos e escuros e querem ofuscar todas as lâmpadas que lhes cegam.

Então, queridos leitores, atentem e se demorem em ler e identificar os verdadeiros olhares e sorrisos do bem.

Porque quem engana e pousa pretendendo ser o que não é, jamais merecerá ser, ou será.

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