Soltaram Barrabás

A história se repete. Há 2022 anos atrás, nos tempos Bíblicos, o povo Judeu foi apresentado a escolha entre um ladrão e o Messias Jesus Cristo. Está lá no Evangelho de Marcos capítulo 7 Versículos 1 ao 15.
Pôncio Pilatos, o governador da Judeia, sabia que Jesus não havia cometido crime algum, bem diferente do Bandido Barrabás. E deu chance ao povo de escolher a quem soltar. Mas contrariando o ditado que diz: “A voz do povo é a voz de Deus”, escolheram o bandido.

E pior, o povo hebreu ainda disse: Que o sangue desse justo caia sobre nossas cabeças. E caiu. Os judeus que já eram dominados por Roma continuaram a ser derrotados em guerras posteriores, foram quase dizimados no holocausto e até hoje sofrem perseguições e preconceito mundo a fora. Estão cercados de inimigos por todos os lados que se pudessem (não fosse a misericórdia do Criador), acabariam com o Estado Judeu.

Barrabás era ladrão, assassino e conspirava contra Roma. Possuía todas as acusações para ser crucificado pela lei do Império Romano, mas o povo preferiu mandar para cruz quem não possuía crime algum. Apenas algumas acusações infundadas por ciúmes dos poderosos da época temendo perder seu poder e riqueza conquistados as custas dos menos esclarecidos. Mera coincidência.

Nas últimas eleições tivemos a mesma oportunidade. A escolha entre alguém que fala bobagens, diz palavrão, conta piada sem graça, faz colocações politicamente incorretas e alguém que foi condenado em três instâncias da Justiça. Alguém que é o responsável pelo maior escândalo de corrupção do Planeta.
É engraçado que narrativas e acusações contra o primeiro virem verdade enquanto três condenações e pilhas de confissões contra o segundo sejam esquecidas e desconsideradas.

Um assassino, um ladrão ou um estuprador que ganha o direito a responder em liberdade não deixa de ser ladrão, assassino ou estuprador. Pelas manobras jurídicas de mais de 200 habeas corpus (eu disse mais de 200) o senhor ex-presidente foi liberado para concorrer ao cargo maior da nação. Isso não o inocenta.

O artifício jurídico “encontrado” depois de várias tentativas fracassadas, foi dizer que o julgamento não poderia ter sido no Paraná. E que os “direitos” do réu não teriam sidos respeitados. Agora me responda onde está o desrespeito depois de mais de 200 pedidos de Habeas Corpus? É quase impossível que com tantos pedidos assim, em algum momento não se achasse uma virgula para justificar o que o sistema queria.

O que é inegável é que os “direitos” de Lula são maiores que os meus. E de todos os outros cidadãos comuns. O que prova que no Brasil nem todos são iguais perante a lei. Claro que nós não somos milionários, mesmo que fôssemos donos de uma metalúrgica ou de uma montadora de automóveis, para sustentar a banca de advogados caríssima que o ex-presidente mantém.

O mesmo Brasil que prende quem ousa criticar a corte maior da Justiça, solta e torna descondenado quem foi o responsável pelo desvio de mais de 50 Bilhões em propinas. Daí, os admiradores do réu devem estar pensando: “mas não tem prova”. Sim cara pálida, pensa comigo: Todos os ex-tesoureiros do seu partido foram presos. Ex ministros presos, ex-marqueteiros presos, empreiteiros presos e réus confessos inclusive devolvendo mais de 6 bilhões desviados. E só tu, que é o maior líder de todos eles, não tem culpa. Claro, e eu acredito no Papai Noel.

O que me preocupa, não é quem vai ganhar esta eleição porque independente do vitorioso, na segunda feira todos nós teremos que sair para trabalhar e buscar o sustento para nossa família, honestamente. Minha preocupação é o recado que passaremos as novas gerações: “Não dá nada. A justiça é só para pobre e preto”. A não ser que você seja amigo do Fachin. Ou tenha enriquecido vendendo AVON.

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