O homem, como tantos outros animais, para sua sobrevivência, obrigou-se a viver em sociedade. Distanciou-se dos demais a partir da criação da democracia. Em outros animais, por exemplo, os lobos, o líder é o mais apto, o que tem a condição de liderar a matilha eficazmente.
O homem passou a escolher seu líder a partir daquele que pratica a política. Nem sempre e quase nunca é o mais apto e, sim, o que consegue manipular todos, com promessas de trabalhar em prol de todos, seus eleitores ou não. Ao chegar no poder, o homem político terá que ter ajuda e escolhe aqueles que com ele se comprometem e são de seu agrado. Aí, também, não são os mais aptos.
Soma- se a isto tudo a ganância e o distanciamento de iguais, que passaram a ser divididos e rotulados em classes quando do surgimento do capitalismo, que acabou fortalecendo a individualidade. O ser unitário passou a ter mais importância que a coletividade. Sem nunca poder viver isoladamente, o homem sempre dependerá da sociedade para sobreviver e nela se destacar.
A individualidade, esta sim deveria ser desenvolvida e vivida em busca da cooperação unitária para todos. A espiritualidade, a crença em um Deus, hoje em dia, visa apenas uma busca solitária e não como um preceito de vida nas ações para o bem comum, na satisfação de todos. Muitos vivem a vida religiosa intensa, mas somente para si. Acreditam em Deus e na vida de Jesus, mas não praticam as ações por ele ensinadas. Querem apenas e acreditam que terão a vida eterna.
Com tudo isto, quero dizer, olhemos para o próximo, para nossos iguais. Vamos praticar o bem. Não devemos confiar e acreditar que os líderes que aí estão olharão todos com os mesmos olhos, se preocuparão com o bem-estar de todos. Vamos fazer a nossa parte.
Luis Fernando Quaresma
Comissário de Polícia Civil