A população de um país é um conjunto formado por pessoas únicas, individuais, com suas opções, crenças, pensamentos e maneiras distintas de ser. Somos elementos de um conjunto maior. Necessitamos e somos necessários para que este conjunto seja unido pela diversidade. Há necessidade de que os direitos e deveres sejam iguais, que toda a individualidade seja aceita e incentivada a viver e a contribuir com o todo.
A maneira como nosso país trata sua diversidade humana é incoerente. Desde que nascemos, nós, os pobres, enfrentamos dificuldades iguais. Passamos pelo Ensino Fundamental e Médio junto com todas as outras raças que formam esta nação. Quando vamos para a universidade, somos discriminados. Para uns, o ingresso é facilitado; para outros, a luta é maior. Raça tem que ser sinônimo de um povo só – raça brasileira – não a cor da pessoa que importa, mas onde ela nasce e vive. Todos têm que ter chances iguais neste país. Se, no passado, por ignorância, não era assim, hoje precisamos que todos sejam tratados como iguais.
Quero que meus filhos sejam vistos como brasileiros, iguais a todos os brasileiros, que tenham as mesmas oportunidades e chances iguais. Cota nas universidades públicas é discriminação, é dividir o pobre. O rico não vive de cotas, vive a plenitude de sua riqueza. O povo pobre desta nação vive e sobrevive em uma escola igual, sucateada, sem investimentos reais. Este país, sim, tem que oferecer educação de qualidade a todos, não afunilar no final. Somos todos brasileiros…