Dos glaciares à Linha do Equador: a preparação para os extremos

Enquanto tu estás lendo essa página (que tem nos dado grandes alegrias, inclusive), provavelmente nós já saímos de viagem. Se tudo correr como esperado, neste final de semana eu e o Rodrigo já estamos no meio do caminho em direção à fronteira entre Chuí, no Brasil, e Chuy, no Uruguai.

Até esse momento, a temperatura deve estar parecida com aí em Montenegro. Se aí estiver fresquinho, aqui também deve estar. Se o calorão pegou, devemos estar sofrendo, porque ainda estamos sem ventiladores na Kombi. Se está chovendo, devemos estar andando a uns 50 km/h, ouvindo música e curtindo de boa.

Mas nem sempre vai ser assim. Enquanto nosso Inverno montenegrino chega a 6ºC, 7 ºC, o Inverno que vamos enfrentar pode chegar a -20ºC. E nós devemos chegar ao Ushuaia, o ponto mais ao Sul das Américas, próximo do início da estação mais fria do ano e, por isso, estamos nos preparando e organizando a Kombi para aguentar e nos proteger das baixíssimas temperaturas.

Além de cobertores e muitos casacos, fizemos o isolamento térmico da Analuz com isopor. Sentimos a diferença já no último Verão, quando a temperatura dentro da Kombi se manteve mais amena. Ainda devemos comprar as correntes para os pneus, em caso de precisarmos andar na pista com gelo e neve.

Nós mesmos fizemos o isolamento da Kombi. Foi a primeira etapa da transformação em Kombi-home

Oposto igualmente proporcional vai ser o nosso Verão durante a viagem. No final do ano, devemos estar chegando no Equador. Em Cartagena, por exemplo, a temperatura média é de 29ºC. Calor que vai aumentar quando voltarmos para o Brasil, no início do ano que vem. Aqui, o Norte e Nordeste já são conhecidos pelas altíssimas temperaturas, principalmente nesta época.

Esperamos que o isolamento dê um pouco de conforto nesse momento. Além disso, devemos comprar 2 ventiladores pequenos para dar uma refrescada.

Mudamos completamente a rota de saída
Sabemos que isso iria acontecer muitas e muitas vezes. Por isso, não deixamos o roteiro fechado. Antes, a ideia era sair do Brasil por Rivera. Agora, vamos sair pelo Chuí. Por que a mudança? Porque decidimos não abrir mão de conhecer as praias uruguaias e, para “cortar caminho” o melhor é ir em direção ao Sul já no Rio Grande do Sul.

Então, nos primeiros dias, devemos passar por Santa Maria, o “Coração do Rio Grande” (aonde vamos retirar nossos passaportes), e miramos para o Sul, indo em direção a Pelotas. Aí já estamos pertinho – quase 300 km – da fronteira.

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