Lucro é o que interessa, o resto não tem pressa

Entre as muitas definições existentes para a palavra lucro, uma delas é a que menciona ser o resultado líquido de uma operação ou de um negócio, descontadas todas as despesas. Evidentemente que, quanto maiores forem as despesas e a ganância do empreendedor, maior será o preço, sob pena de, ou inviabilizar a atividade ou gerar resultados insuficientes.

Algumas vezes, não se está só falando de lucro, mas de sobrevivência, o que abre o caminho para que outros se aproveitem de algumas brechas para escancarar geral.

Tanto em Montenegro como em qualquer outro lugar no Brasil, há espaços destinados ao comércio, digamos assim, popular (em Porto Alegre, o nome é exatamente este – Centro Popular de Compras – o POP Center), que foram criados para eliminar o comércio nas calçadas, que muito mais do que atravancar a passagem, não só dos pedestres, mas também dos cadeirantes, dos idosos e demais pessoas com limitações relativas ao deslocamento, concentram os empreendedores num mesmo local e facilitam o acesso dos consumidores interessados.

Mas o afrouxamento da fiscalização, decorrente das mais diversas motivações, acaba por permitir o surgimento de um, em breve são dez e logo são incontáveis os ambulantes com “ponto fixo”, o que, em determinados horários, inviabiliza a passagem de quem quer que seja sem, no mínimo, esbarrar nas mercadorias expostas.

Em algumas cidades, o pedestre precisa fazer malabarismo para desviar dos ambulantes, das placas das lojas, das máquias de sorvete, das cadeiras dos restaurantes, dos manequins e das mercadorias expostas, como máquias de lavar roupas, refrigeradores e pneus, tudo ocupando as calçadas.

É curioso que isto não desperte nas autoridades algum interesse.
Por outro lado, a Lei 9504/1997, que é a Lei das Eleições, agora proíbe a veiculação de propaganda através de cavaletes, que eram colocados ao longo de calçadas, canteiros e rotatórias. Estes artefatos publicitários, antipáticos aos olhos dos eleitores e que caíam sobre a pista ou sobre o passeio público, causando acidentes, foram banidos da propaganda eleitoral, sob pena de o candidato pagar pesadas multas.
Curiosamente, a utilização das calçadas para propaganda ou comércio é cada vez maior, podendo ser observados, em diversas cidades, até mesmo a eliminação do passeio público em frente a postos de combustíveis.

Será mesmo que só os políticos é que, na busca dos seus objetivos, são abusados?

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