Dos jovens na praça, no parque ou na orla, aos mais velhos na varanda da casa. Na beira da praia ou no galpão na estância, no intervalo das aulas ou durante o trabalho no escritório. Do roqueiro ao tradicionalista. Do funkeiro ao sambista. No campo ou na cidade. Na Capital, no interior, pelo Brasil afora e pelo mundo inteiro. Onde houver um gaúcho, lá estará ele. É difícil encontrar uma residência em algum dos 497 municípios do Rio Grande do Sul em que não haja três coisas: uma cuia, uma bomba e um pacote com erva-mate (Fonte: jornaldocomercio.com).
Em todo o Brasil, foram produzidas 527.546 toneladas de erva no ano passado, colhidos 69.047 hectares, gerando um valor de produção total de R$ 576,8 milhões. A produção brasileira não sustenta apenas o consumo local. Em 2019, conforme dados compilados pela Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs, foram exportados US$ 79,5 milhões em erva-mate pelo Brasil, com o Rio Grande do Sul sendo o responsável por 81,9% desse volume (US$ 65,1 milhões). O município de Encantado, na região Central do Estado, é o maior exportador de erva-mate do RS, sendo responsável, em 2019, por 75,9% de toda a exportação gaúcha do produto (Fonte: Jornaldocomercio.com).
Todos aqueles que me conhecem sabem da minha paixão pelo chimarrão, se forem vasculhar minhas redes sociais irão perceber que, em muitas postagens estarei com minha cuia em mãos. Desde pequena trago comigo a tradição passada por meus pais de cevar o mate amargo. Lembro que, certa vez, durante a Semana Farroupilha na Escola AJ Renner declamei uma poesia intitulada Amargo Doce que eu Sorvo, tamanha minha paixão pelo chimarrão.
De um tempo para cá me incomodava observar em cidades, muitas vezes menores que Montenegro, um equipamento onde as pessoas pegavam sua água quente para preparar seu chimarrão. Em algumas cidades de forma bem simples lá estavam aquelas máquinas, em outras percebi uma arquitetura toda voltada para o bem-estar das pessoas. Em Nova Petrópolis por exemplo, foi colocado um pergolado, alguns bancos ao redor e muitas flores, criando um ambiente agradável, fazendo com que os turistas ficassem ali apreciando o mate.
Ainda em Nova Petrópolis comentei com meu marido que Montenegro teria seu chimarródromo, na verdade já estávamos em tratativa com o Sicoob Valcred faltando apenas definir o local. Ficamos na dúvida onde seria o melhor local, a princípio pensamos na beira do rio, depois, no Parque Centenário e por fim na Estação da Cultura. Definido que seria na Estação da Cultura ficou a cargo do Gerente do banco, o Sr. Leandro, a missão de disponibilizar o equipamento e estrutura visual, ao executivo ficou realizar as instalações elétrica e hidráulica.
Enquanto pesquisava sobre os chimarródromos instalados em outras cidades no interior do nosso Rio Grande percebi que este tipo de instalação proporciona um bem-estar considerável à população, percebível imediatamente pelo cidadão, o sucesso é tão grande que muitos prefeitos estão expandindo os chimarródromos para outros locais onde o fluxo de pessoas é intenso nos finais de semana.
Eu gostaria de ver mais alguns chimarródromos espalhados pela cidade, ver nosso povo sorrir novamente, crianças correndo em nossos parques, eventos acontecendo em cada canto e munícipes orgulhosos de pertencerem a Montenegro.