Vendas de caminhões e ônibus chegam a 123 mil

Pesados. Este segmento tem relação direta com melhoria no setor produtivo

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemora o desempenho das vendas de caminhões. No acumulado de janeiro a setembro deste ano são 74,2 mil unidades emplacadas no Brasil, quase o total registrado em todo o ano passado, quando chegaram a 75,9 mil caminhões.
Se confirmar a projeção total de 103 mil unidades no ano, será um crescimento de 35,7% sobre o volume de vendas do ano passado. Esta será então a primeira vez que o segmento supera a casa das 100 mil unidades desde 2014, quando as vendas de caminhões somaram 137 mil. Na previsão anterior, as montadoras contavam com aumento de 15,8% das vendas, com pouco mais de 88 mil “pesados” saindo das lojas. Ainda segundo dados da Anfavea, a média diária de vendas do segmento está em 9 mil unidades.

Para ônibus, o novo volume estimado em 20 mil chassis significará crescimento de 17,6% sobre os 15 mil licenciados no ano passado. As previsões anteriores apontavam para a venda de 17 mil ônibus e alta de 12,7%. A categoria de ônibus urbanos e escolares estão impulsionando este mercado; este último incentivado pelas entregas previstas nas licitações do programa Caminho da Escola, que promove a renovação de frota de ônibus escolares no País e foi iniciado em 2017. Segundo o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini, a média de vendas saltou de 1,1 mil para quase 1,8 mil unidades por dia útil ao longo dos meses, chegando a atingir 2 mil em agosto e voltando a 1,6 mil e setembro.

Produção em alta, exportação em baixa
Com o aumento das vendas ao mercado interno, a produção também teve seus números de projeções revisados pela Anfavea. Se antes as fabricantes previam entregar 150 mil caminhões e ônibus, agora o volume passou para 145 mil. Se estimativa for confirmada, a produção terá crescido 8,2% e não mais 11,9%, conforme previsto anteriormente pelas empresas.

Até agora, foram produzidos 8,9% mais veículos pesados no acumulado de nove meses: total de 109,2 mil = 87,4 mil caminhões (+13,2%) e 21,7 mil ônibus (-5,5%). Este volume de produção só não será maior por causa da queda das exportações, que segundo a entidade deverá encerrar o ano na ordem de 40,7%.

De janeiro a setembro, as vendas ao exterior diminuíram 44%, considerando a soma de caminhões e ônibus pouco acima das 15 mil unidades. Bonini acrescenta que o número reflete a queda das exportações para a Argentina, em crise devido as medidas do governo Macri.

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