Emplacamento padrão Mercosul é polêmico e ainda pode ser adiado

Após vários adiamentos, deve entrar em vigor na próxima segunda-feira, 17, o novo sistema de emplacamento de veículos no padrão Mercosul. O prazo para o Rio Grande do Sul adotar o novo modelo foi determinado no final de novembro pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Todos os veículos novos ou que terão troca de município ou proprietários deverão receber o novo modelo.

No entanto, no Rio Grande do Sul, ainda não há material para a produção das novas peças e nem previsão para isso existe. A FPT Montenegro é a única empresa que produz placas para veículos na cidade e já está com equipamentos para iniciar a fabricação nos padrões Mercosul, mas ainda não sabe quando vai começar. Conforme um funcionário da empresa, algumas máquinas não serão mais usadas após as mudanças ocorridas até aqui.

De acordo com o coordenador do Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA), Devino Pazutti Mezzari, para sexta-feira, está marcado um teste piloto um CRVA do estado para ver o andamento do procedimento de troca. “Fomos informados de que os CRVA´s não deverão abrir o sistema neste dia e, por isso, não teremos expediente”, afirma.
Ainda pode ocorrer uma revogação da data para que seja postergado o prazo mais uma vez. “Se for confirmado que segunda inicia o emplacamento pelo novo modelo, teremos que emitir os novos certificados no padrão exigido. Mas o problema é que ainda não tem a matriz para a confecção destas placas”, comenta Mezzari.

Como será o padrão do emplacamento
Já utilizadas na Argentina e no Uruguai, as novas placas possuem como principais novidades a cor branca e a quarta letra, que é inserida após o primeiro número. Os três algarismos serão mantidos, porém reposicionados em uma nova sequência que combina letras e números.

Também já existe uma autorização para a redução do tamanho das placas que não se encaixem em determinados veículos. Além disso, também não haverá os símbolos de identificação de estado e município, conforme era previsto inicialmente. Com isso, o nome do município e do Estado não constam nos novos modelos, ou seja, no lugar destas informações, consta apenas a palavra Brasil.

Marca d’água, emblema do Mercosul, ondas sinuosas, brasão do país e um espaço para chip (sem previsão de instalação) compõem os demais itens de segurança. Além disso, há um QR Code para identificação digital. “Este código, que é impresso, serve para os agentes verificarem as descrições do veículo e isso isenta a instalação do lacre”, afirma Devino Pazutti Mezzari, coordenador do CRVA Montenegro.

As motos também possuem as mesmas especificações das placas de carros e o tamanho permanece o atual.

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