Quem diria que, desde seu processo de nascimento, o Rock tomaria proporções tão grandes a ponto de ditar moda, influenciar comportamentos e se tornar o gênero musical mais influente no ocidente? Quem curte muito o estilo vai dizer que não poderia ser diferente.
Com berço nos Estados Unidos, o Rock surgiu ainda na década de 50, vindo de três estilos: o Blues, o Country e o Jazz. Em diferentes fases ele já representou luta, transgressão e rebeldia, mas principalmente resistência, em um contexto social de constante transformação. E na quinta-feira, 13, é comemorado o Dia Nacional do Rock. Porém, o mês todo é em alusão a esse grande estilo, que nos trouxe nomes como The Beatles, Elvis Presley e Bill Haley.
As bandas preferidas da estudante Bianca Janaina Rohloff são Judas Priest, Iron Maiden, Bullet for my Valentine e Sabaton. Afirma convictamente que, para ela, Rock é vida. “Ele dá liberdade de pensar, de agir, de vestir do meu jeito. Abrange tudo no nosso cotidiano, desde política, amor, guerras, coisas reais. Isso é o que eu mais gosto, de ouvir a música e ela fazer sentido na minha vida, de sentir a mensagem que a banda quer passar. Eu respiro Rock. É algo que me realiza escutar as músicas e ir ao show da minha banda preferida”, salienta.
Ser roqueiro, segundo ela, é muito mais do que vestir uma camiseta bacana de banda. “Para mim, é um estilo que vem da música em si. Rock é um conceito único. Ou tu curte, ou não. A vestimenta vem por consequência. Tu se identifica naturalmente”, interpreta a jovem.
Vida eterna ao Rock’n Roll!
“O Rock, assim como Jazz, R&B, entre outros estilos, veio do Blues, uma música que os negros escravos tocavam para ‘tentar esquecer’ a sua vida sofrida, servindo também como um protesto. O Rock dos anos 60 tinha o mesmo objetivo. Dando fim à guerra — porque mudou a forma de pensar dos jovens — com ideais de paz, amor e liberdade. Eles usavam roupas extravagantes para serem diferentes do padrão e isso segue até hoje”, explica Rayan Alves Bastos, 20 anos, músico da banda Jábulas.
O guitarrista conta que o Rock é seu gênero musical preferido e que sempre ouviu muito os sons do Guns N’ Roses, Led Zeppelin, Black Sabbath e Rolling Stones. “Pois foram criadores de subgêneros e inovaram a música como Robert Johnson fez criando o Blues”, compara.
Willian Ozzy, 28 anos, também músico montenegrino, entra justamente na questão de vertentes e subgêneros do Rock, destacando que existem, entre outros, o Heavy Metal, o Grunge e o Hard Rock. “E sou fissurado em todos eles”, enfatiza.
Como cânone, cita principalmente The Beatles, por terem influenciado quase todas as bandas de rock que vieram depois. As mais escutadas por Ozzy? São tantas que ele afirma ser quase impossível mencionar todas. Mas algumas bandas que engordam sua playlist são Black Sabbath, Led Zeppelin, Pink Floyd, Rush e Kiss.
“O Rock sempre foi e sempre será um grito de basta contra toda a porcaria que é nos imposta. A exemplo, grandes festivais como o Woodstock, de 1969, que juntamente com o movimento hippie clamava por paz em uma época de guerra. Graças ao Rock, os jovens conseguiram expressar suas ideias e anseios. Vida longa ao Rock.”
Linha do tempo do rock
Década de 50: Surgimento do Rock. Vindo de três gêneros: Blues, Country e Jazz.
Década de 60: Período fértil do estilo musical, no qual nasceram bandas como The Beatles, Rolling Stones, The Doors e Pink Floyd. Foi ainda neste período que nasceu a expressão “Sexo, Drogas e Rock’n Roll”.
Década de 70: Surgimento de uma das vertentes do Rock: o Punk Rock. Bandas lendárias, como Ramones, Iggy Pop & The Stooges e Sex Pistols espalharam pelo mundo, através da sonoridade, o conceito “faça você mesmo”. Outras gigantes, como Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, Kiss e Aerosmith, surgiram também nessa época.
Década 80: Época do New Wave, início do sucesso de U2 e do surgimento do Heavy Metal.
Década de 90: Guns N’ Roses toma conta do mercado musical e arrecada uma legião de fãs. Ainda nesse período nasce o Grunge. Bandas como Red Hot Chili Peppers e Faith no More unem o heavy metal e o funk.