Após alguns anos, os ganhadores do concurso Bebê Ibiá cresceram e mudaram muitas coisinhas. A reportagem foi descobrir como está a vida das crianças e adolescentes que ganharam o concurso mais fofo do Vale do Caí.
Aventuras para conseguir cupons
O Bebê Ibiá 2012 foi Kauane Riffel Fruhauf. Hoje com oito anos, a menina continua fotogênica. A mãe, Ana Cristina Riffel, conta que na época ela trabalhava na loja Tayda, no Centro de Montenegro, e foi incentivada pelas colegas a participar do concurso. “Ela ainda não tinha nem um aninho”, relembra. Ana comenta que costumava sair com uma colega para recolher votos nas casas, sempre com as datas dos cupons anotados na palma da mão. “Era mais difícil. Não tinha WhatsApp”.
As aventuras de votação levaram as colegas a encontrar uma pilha de jornais em frente ao Top Center, onde conseguiram recolher muitos votos. “Eles estavam limpinhos. Nós tínhamos as datas de publicação dos cupons da mão e íamos procurando”, conta. Hoje, já grandinha, Kauane estuda no 2º ano do Ensino Fundamental. “O olho dela saiu tão azul na foto que as pessoas me perguntavam se era de mentira”, comenta a mãe.
O irmão mais novo, Davi Riffel Fruhauf, também participou do concurso em 2016, ficando em segundo lugar. “Eu sempre dizia que quando tivesse outro filho ele iria participar também”, diz. Atualmente com 3 anos, o garoto é um pouco mais tímido para fotos do que a irmã.
Ser bebê premiado vem de família
Ganhar premiações de bebês é de família. Isadora de Oliveira, 13, foi a premiada de 2006 no concurso Bebê Ibiá. Mas o pai Isaquiel Oliveira foi Bebê do Ano pelo jornal A Folha do Rio Caí, em 1976. “A coincidência é que nós dois ganhamos com 8 meses”, conta ele. A mãe, Clea Silva, mostra orgulhosa as fotos dos álbuns de família e diz que soube da promoção quando era assinante.
“A gente não esperava ser tão divulgado”, relembra. Clea conta que, na época, o casal tinha comércio, então foi uma mobilização dos funcionários e da família para juntar os cupons. “Muitas pessoas deixavam os cupons no mercado. A gente juntava uma turma e ia preenchendo”, comenta. A notícia da vitória foi descoberta em uma manhã, quando Isaquiel resolveu ir cedo para o mercado e pegou o jornal. “Foram 1.034 votos. Nós juntamos os cupons aqui, mas tem muita gente que votou nas urnas lá no jornal que não sabemos quem foi”, conta ele.
Para Isadora, tem coisas que não mudaram desde o concurso. Uma delas é ficar feliz quando passeia e odiar cenoura cozida. “Algumas coisas continuam sendo verdade”, afirma. Hoje, a adolescente já cursa o 8º ano do Ensino Fundamental e conta que não lembrava direito de ter sido Bebê Ibiá. Já a mãe, não esquece a vitória e exibe orgulhosa as fotos do book que ganhou na época.
Vitória que gerou amizades
Um dos primeiros bebês a ganhar o concurso foi Rafaella Brandt Kerber. Ela não tinha nem cabelos ainda, conta a mãe, Leila Brandt Kerber. “Ela tinha 5 meses na época”. Os pais eram assinantes do Jornal Ibiá e tinham visto o concurso acontecer no ano anterior, em 2006. Planejaram que, se tivessem um bebê, no próximo ano iriam participar. Não deu outra. Em 2007 estava Rafaella entre os candidatos.
Mas não foram só os lindos olhinhos verdes da bebê que garantiram a vitória. A mãe Leila e o pai Nauro Affonso Kerber se empenharam muito para arrecadar votos. “Como eu sou professora, meu círculo de amigos é muito grande. Isso ajudou, porque eles me incentivaram bastante”, comenta Leila. Somando mais de 1.000 votos, a mãe diz que saía pela cidade para pedir os cupons e até estabelecimentos guardavam para ela preencher. “Às vezes os vizinhos vinham aqui no portão entregar”, relembra.
A professora conta que a vitória, derivada do empenho de muitos, foi emocionante para a família. Além disso, o concurso trouxe para Leila amizades que duram até os dias de hoje. “Tem uma mulher que trabalha no Nacional que ajudou. Até hoje, quando ela vê a Rafa diz ‘Olha a Bebê Ibiá’”, conta, rindo. Rafaella tem 13 anos e é aluna do 6º Ano do Ensino Fundamental. Os amigos adoram ver a capa de revista com sua foto e “Acham muito legal”, revela.