A rua Doutor Bruno de Andrade pode ser – e é – considerada a principal via do bairro Timbaúva, além de acesso ao Centro. Academias, lojas de roupas, bazares, lancherias, supermercados, veterinárias, escola de dança, pizzaria, clubes, praças, agropecuárias, farmácias e papelarias podem ser encontrados em seus 2,5 quilômetros de extensão.
No comércio, a variedade e a diversificação são grandes. Se quiser um mercado que supra as necessidades, tem. Um açougue para comprar aquela carne de domingo, tem. Uma agropecuária para alimentar seus animais, também. Assim como uma lancheria para sair com a galera, uma academia para fazer exercícios e farmácia para comprar remédios.
Apesar de todas estas facilidades, nem todos estão satisfeitos. Hoje, o problema é o trânsito pesado em determinados horários do dia. A via, de mão dupla, permite estacionamento dos dois lados, o que a torna estreita e isso atrapalha a passagem de veículos, potencializando também os riscos de acidentes.
O aposentado José Carlos Nunes da Rosa, 73 anos, não tem queixas sobre o logradouro. Morador do bairro há seis meses, admite que o principal motivo de ter se mudado da Panorama foi por poder ficar mais perto da Assistência, que atende aos pacientes na Via II, a Avenida Júlio Renner. “É tudo tranquilo, sossegado, de noite não há muitos carros trafegando, a delegacia fica perto e qualquer irregularidade é só chamar”, afirma.
Para Janete Gonçalves, de 47 anos, a situação já é diferente. “O trânsito é a pior coisa dessa redondeza”, constata. “Os motoristas não param na sinaleira. Quase fui atropelada enquanto o semáforo estava vermelho”, ressalta. Proprietária de uma sapataria, ela define os condutores como “apressadinhos”.
“O problema são as bicicletas no meio da rua, ainda mais no horário de pico (18h)”, salienta Carla Specht Holthausen, 43 anos, proprietária de uma loja de artesanato. Outra questão, segundo a comerciante, é o estacionamento. “Normalmente, é necessário ir a uma transversal porque, na principal, não tem mais lugar”, complementa. Embora diversificado, para ela, ainda falta no comércio uma padaria próxima.
Na opinião de Thaís Ritter, 22 anos, autônoma, é falta de paciência. “Os condutores se xingam e brigam por qualquer coisa, além de não pararem para pedestres”, afirma. “Embora fique quase no mesmo patamar que a Ramiro Barcelos, talvez o comércio devesse ter mais opções de banco, pois só tem o Banrisul”, explica.
Lauren Hartz, de 31 anos, destaca que há um estúdio de dança no bairro, no qual é diretora. “Logo que me mudei, houve alguns assaltos. Notei que aqui o policiamento é bem ruim, não há um cuidado mais rigoroso, considerando que tem escola perto”, afirma. “Além disso, a rua é extremamente apertada e tem fluxo de veículos de todos os tipos, o tempo todo. Deveria haver uma limitação nesse sentido”, sugere. Para Lauren, o bairro ainda está em desenvolvimento, mas a Prefeitura deve ficar mais atenta à falta de segurança, pois isso vai acabar atrapalhando o comércio local.
Luciano Pereira, 37 anos, dono de uma lavagem de veículos, observa a falta de respeito dos caminhoneiros. “Logo após a sinaleira, há uma placa enorme que determina o horário da circulação de caminhões na rua, e isso não está sendo cumprido”, aponta. “Não tem como, por exemplo, passar um ônibus e um caminhão na curva estreita, logo em frente à galeria. Alguém terá de esperar o outro, congestionando o trânsito”, acrescenta. A melhor saída, para ele, seria proibir o estacionamento, pelo menos no trecho da curva, para abrir mais espaço.
“Os clientes deixam de comprar porque não há estacionamento vago perto da loja desejada”, declara Nelcite Theobald, 59 anos, proprietária de loja de roupas, e Ana Scremin, 40 anos, vendedora. “É injusto estacionar na frente do comércio de outra pessoa, porque o cliente quer comodidade e não precisar caminhar muito até o local”, argumenta Nelcite. O que falta, para Ana, é uma loja que comercialize calçados.
“O trânsito é caótico e muito perigoso”, destaca o barbeiro Sérgio Luis Puchulu, de 58 anos. Há também, na opinião dele, um problema sério de sinalização ou proposta de limite para haver carga e descarga de mercadorias. “É um erro gritante ter placa de ‘Proibida a entrada de caminhão na rua’ em determinado horário só no começo da via, e não em todas as outras que desembocam nela”, frisa. Outra mudança importante, segundo Sérgio, seria instalar um centro do agricultor para fixar o comércio local, como o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, no Centro da cidade.
Para Sérgio, é possível comparar o trecho do Supermercado Mombach do Centro, que conecta as ruas Ramiro Barcelos e Santos Dumont, e o do Grêmio Gaúcho, por serem idênticos no quesito fluxo de veículos.
Michel Ferreira, 30 anos, dono de bazar, reclama que, a partir das 17h, é muito ruim o trânsito. “É ruim para os ciclistas que andam lado a lado, porque não há lugar para eles, e também deveria existir uma rota alternativa para veículos grandes – como caminhões, vans e ônibus”, alerta.
Você sabe quantas sinaleiras a rua Doutor Bruno de Andrade possui? E quebra-molas? Não? A gente te conta.
Duas sinaleiras em frente à praça
Um quebra-mola em frente ao Supermercado Mombach
Personagem
Você sabe a história do personagem que deu nome à rua Bruno de Andrade? Nós contamos. Doutor Bruno Ferrari de Andrade era montenegrino, virginiano de 18 de setembro de 1898, foi filho de Luís Antônio de Andrade Júnior e de Pierina Ferrari de Andrade. No seu primeiro casamento, com Ruth João de Deus, teve uma filha que se chamava Terezinha de Jesus. Depois, casou-se com a cunhada, Catarina João de Deus.
Desse romance, nasceram três filhos: Rosa Maria, Luís Gabriel e Áurea Maria. Dr. Bruno de Andrade concluiu a faculdade de Direito de Pelotas e foi diplomado em 20 de setembro de 1935, aos 37 anos. A facilidade de falar em público fez com que o professor e advogado, que lecionava particularmente preparando jovens para concursos, fosse constantemente solicitado para falar em comemorações cívicas e sociais.
Ele foi gerente da filial do Banco Nacional do Comércio S.A em Montenegro, e depois inspetor no mesmo local. Bruno de Andrade faleceu em um acidente aéreo em sua cidade natal, dia 10 de novembro de 1952. É lembrado diariamente pelos moradores do bairro Timbaúva em virtude da lei Municipal número 597/53.
Pracinhas
As pracinhas são as principais opções de lazer para os moradores da Timbaúva. Existem três: na Bruno Andrade esquina com a Barcelona, em frente ao clube Grêmio Gaúcho e a da Praça São Pedro. Todas possuem um grande espaço para diversão, com bancos, escorregadores e balanços.
Cartório
Eleitores de toda a região se dirigem até a Bruno de Andrade para resolver suas pendências no Cartório Eleitoral. Em fevereiro, de segunda a quinta-feira, o horário de atendimento será das 11h às 17h, e na sexta-feira, das 9h às 15h. Nos dias 27 e 28 deste mês, não haverá expediente em razão do Carnaval. A partir de março, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, sendo que, no dia 1º, Quarta-feira de Cinzas, o horário será das 14h às 19h.
Caps
O Centro de Atenção Psicossocial de Montenegro é um serviço específico para o cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com necessidades em decorrência do uso de álcool, crack e outras drogas e problemas mentais. Seu público específico são os adultos, mas também pode atender crianças e adolescentes, desde que observadas as orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os CAPS também atendem aos usuários em seus momentos de crise, podendo oferecer acolhimento noturno por um período curto de dias.
Indicações
A sinalização de trânsito é eficiente. Em frente ao Clube Grêmio Gaúcho, há uma placa indicativa que mostra a direção até a Tanac, beira do Rio e Comando Regional de Policiamento Ostensivo.
Mombach
O Supermercado Mombach é o maior do bairro Timbaúva, instalado na parte central da Dr. Bruno de Andrade.
Clube Grêmio Gaúcho
O Clube Grêmio Gaúcho, na esquina da Bruno com a T. Weibull, disponibiliza salão para festas, campo de futebol, piscinas e espaço para caminhada.
Placa
Só é permitida carga e descarga de mercadorias das 16h30min às 22h, mas nem todos respeitam.